terça-feira, fevereiro 21, 2006

A Crise das Charges foi Orquestrada (Só os Intelectuais não vêem)

Avaliando o tratamento dado à crise das charges em alguns jornais de ampla circulação no Brasil, dias atrás, o Observatório da Imprensa pontuou que eles reproduziram interpretações de diversos intelectuais sem dar a devida atenção às interpretações dos próprios jornalistas. E teriam cometido o erro fatal de desconsiderar uma reportagem do New York Times (sexta 10/2) de importância crucial.

De acordo com a reportagem, a crise foi orquestrada dois meses antes de seu início, e um mês antes da republicação das charges, principalmente por obra do iman dinamarquês Abu Laman. Foi algo calculado para gerar tensão e reprimir a imprensa ocidental.

Boa parte dos intelectuais, no entanto, continuou insistindo que o problema está na visão distorcida dos ocidentais, que se tornaram islamofóbicos, e que a direita está empenhada em perseguir os muçulmanos.

Como o Observatório destaca, no entanto, várias demonstrações de boa vontade para com os muçulmanos vem sendo dadas há anos; e, por outro lado, a publicação das charges não foi só obra da direita; jornais de esquerda como o Le Monde as republicaram. Enquanto isso, jornalistas que apoiaram as charges foram presos no Iêmen, Argélia, Malásia, Indonésia e Jordânia!

Parece que, finalmente, os fatos estão conspirando contra aquela esquerda burra que "desce o pau" no cristianismo e dá as mãos a maomé...

Para quem quiser saber mais:

http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=368JDB001

http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/blogs/blogs.asp?id_blog=3

http://www.samizdata.net/blog/archives/008395.html

Crise das Charges: O que Arnaldo Jabor, Bush e Laman tem em Comum

As recentes convulsões em torno das caricaturas de Maomé tem se revelado um verdadeiro enigma para os ocidentais. Há uma legião de jornalistas e intelectuais que insiste em pintar o islã como uma religião "pacífica", e em dizer que o fundamentalismo radical pertence a uma minoria barulhenta. Vários deles, como Arnaldo Jabor (embora ele tenha caído em contradição diversas vezes, a esse respeito), acreditam que esses fundamentalistas são excitados pelo "fundamentalismo" protestante de direita de Bush, o protótipo do stupid white men.

Pois bem, os fatos não confirmam essa interpretação otimista. Há, entre grande parte dos muçulmanos, um profundo ódio contra a modernidade e a cultura ocidental, e não é contra o "fundamentalismo cristão", que, para eles, fracassou miseravelmente. O ódio deles é contra o humanismo secular ocidental, que une o conservadorismo liberal de Bush, o progressismo desbocado de Arnaldo Jabor e os chargistas dinamarqueses.

Na verdade Jabor, como um "fundamentalista secular" do pior tipo, não tem o que dizer das charges, e a razão é óbvia: se ele fosse um cartunista, as teria feito. Os chargistas dinamarqueses são Arnaldo JabØr...

Mas não é tudo culpa do Jabor, obviamente. Ele é apenas um "tipo ideal" aqui. Representa a grande massa de intelectuais humanistas seculares que assume dogmaticamente o seu secularismo, e que não podem conceber a verdade: o totalismo islâmico é uma reação, é o oposto, a imagem invertida deles próprios, em seu radicalismo anti-religioso. Não é uma conspiração da "direita cristã" como sonham esses xiitas de esquerda. Por sinal, jornais de esquerda, por toda a Europa, republicaram as charges!

É por isso que em tantos editoriais e colunas recentes de jornais e revistas conhecidos, encontramos esforços incoerentes de indivíduos que condenam o desrespeito à religião (intimidados, talvez, com o terror), tropeçando abismados na mesma "liberdade de expressão" que é utilizada, em seus países, para atacar o assim-chamado "fundamentalismo cristão": evangélicos, o papa Bento XVI, etc. Porque não pedem desculpas a nós? É porque não explodimos bombas?

A verdade é que o islã é uma religião intolerante mesmo, com tendências fortemente totalistas, e que o humanismo secular, por outro lado, é estúpido e incompetente para lidar com a religião. Nesse sentido os Jabores parecem mais com os imans do que o próprio Bush.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Encontro Regional da Rede em Março

No sábado, dia 04 de março, a partir das 8:30, vai se realizar o encontro regional da Rede Brasileira de Cosmovisão Cristã e Transformação Integral, na Comunidade Cristã Zona Sul. Vai ser um encontro imperdível!



Para visualizar melhor o convite, acesse abaixo:

http://cosmovisao.org/imagens/banner_1enc.gif.

http://www.cosmovisao.org/

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

DOIS RECURSOS APRESENTADOS CONTRA A LEI DA PALMADA

Na última quarta feira (08/02) encerrou-se o prazo para os recursos à mesa diretora da câmara. No saldo final, dois recursos foram apresentados contra a "apreciação conclusiva" (rito que dispensa votação no plenário) do projeto da lei da palmada na comissão de constituição e justiça.
Os recursos foram apresentados em 26/01 pelos deputados Neucimar Fraga, do PL/ES, com 86 assinaturas, e por Jair Bolsonaro, do PP/RJ, com 55 assinaturas. Como o mínimo de assinaturas para o recurso era de 51 (10% dos deputados), o projeto terá agora que passar pelo plenário; e como não tem caráter de urgência, vai demorar um pouco para ser votado. Isso nos dará tempo para organizar melhor a pressão sobre os deputados.

Bolsonaro já tinha se manifestado contra a lei da palmada já no dia 25 de janeiro. Veja só o que ele disse:

- Meu filho de sete anos não quer ir para a escola e eu não posso dar uma palmada? Assim ele cresce educado pela impunidade. Já dei muita palmada no meu filho. Por já ter levado, ele me respeita. E já levei dos meus pais, graças a Deus. Agora, quando um pai exagera, o Código Penal já captura isso como crime - justifica o deputado.
Indagado se um outro tipo de punição não teria o mesmo efeito, o deputado afirma:
- Ninguém é obrigado a dar palmada no filho. Sou contra o pai ser punido por causa disso.


Assinaram o recurso de Bolsonaro deputados do PFL, PTB, PDT, PTC, PL, PP, PRONA e até PV. No de Neucimar, PFL, PTB, PSB, PDT, PSC, PMDB, PL, PP, PRONA, PV, PPS. Dois petistas aparecem na lista de Neucimar, mas, de um modo geral, parece que eles não foram procurados ou optaram por apoiar o projeto da sua colega Maria do Rosário. Agora será interessante esperar para ver qual a orientação ideológica dos Petistas nessa discussão - e dos outros também.

PARA ACOMPANHAR O PROCESSO:

eCâmara (tramitação de projetos)

terça-feira, fevereiro 07, 2006

CURSO DE ROMANOS EM MARÇO

O Centro Kuyper BH oferecerá a todos os interessados um curso de Introdução à Carta de Paulo aos Romanos.

O objetivo do curso é ajudar os alunos a compreender a estrutura e mensagem central da epístola, introduzí-los no estudo do pensamento de Paulo, e mostrar a relevância do evangelho de Paulo para a igreja contemporânea.

O ministrante será Guilherme Vilela Carvalho, mestre em teologia com ênfase em Novo Testamento pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo.

O curso será realizado entre os dias 13 e 17 de Março (segunda à sexta), das 19:30 às 21:30 horas, no templo da Igreja Batista do Caiçara, à Rua Francisco Bicalho 1371, B. Caiçara.

O Investimento será de R$ 35,00 (trinta e cinco reais).

Os interessados devem entrar em contato com Alessandra (34118962) ou Guilherme (34114017).

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Encontro do Pró-L'Abri Brasil


Na terceira semana de janeiro tivemos um encontro dos colaboradores do projeto pró-L'Abri Brasil, que visa a implantação de uma L'Abri no Brasil. Para quem não sabe, o L'Abri ("o abrigo") é um ministério fundado pelo evangelista e apologeta Francis Schaeffer na suíça, que exerceu profundo impacto na formação de toda uma geração de cristãos comprometidos com um cristianismo integral e bíblico.

Acreditamos que este ministério seja necessário no Brasil, devido à tendência anti-intelectual de boa parte dos evangélicos, e da grande carência de articulações entre a fé em Cristo e as outras dimensões da vida, no nosso contexto.

Para mais informações, e mais fotos do encontro, confiram no blog do pró-Labri:

http://www.prolabribrasil.blogspot.com/

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

A "Palmada" do Leviatan

Olá amigos! O André Tavares, estudante de ciências sociais na UFMG e membro do pró-L'Abri enviou um comentário interessante, que destaca o aspecto político do problema.
Caros amigos,

não sou jurista e não entendo nada de direito. Entretanto, há alguma coisa que eu me lembro que faz o papel, nesse caso, de uma luz vermelha, um pisca-alerta. Esperando que eu não esteja proferindo asneiras, esse é um "Estado Moderno de direito", não? Direito dos indivíduos, proteção contra a ingerência do Estado na vida privada do cidadão, não é mesmo?
Não paira sombra de dúvida sobre a necessidade e responsabilidade do Estado de zelar pelo bem estar e segurança da criança e do adolescente. Protegê-los de maus tratos, abusos, discriminação, exclusão é um dever do Estado e da sociedade civil, e a agência estatal tem privilégios legais para suspender os poderes dos responsáveis em nome da segurança dos pequenos.
Entretanto, aqui vemos uma intrusão do Estado na educação dos filhos por seus pais. A legislação quer opinar, e, obviamente, com força de lei (cujo descumprimento implica em penalidades), sobre as formas de punição que pais aplicam a seus filhos. Sim, serei foucaultiano aqui. O monopólio do uso da força, o direito exclusivo de punir de longa data vem se concentrando nas mãos do Leviatan. Esse é apenas mais um de seus tentáculos, sutil e sofisticado. Douraram a pílula com um discurso sonso de não violência, da criminalização do que chamam de "comportamentos traumatizantes", pela busca de um bode expiatório que atraia a atenção dos desatentos (como se a desatentos fosse necessário desviar a atenção...) travenstindo o bem em mal. O Estado brasileiro não cumpre suas funções (apesar de nos cobrar os custos de estar sob sua proteção), promove direta ou indiretamente uma corrida de desandamento social, e quando lhe é cobrada alguma contra medida para o problema da infância e da juventude nacional (outro outro problema qualquer) toda a inventividade sarcástica do pensamento liberal entra em cena. "O culpado? Entre outas coisas menores, a palmada. A religião, a moral tradicional... Façamos o seguinte: deixemos que o Estado cuide das punições. Já cuidamos da educação, da saúde, da segurança, da previdência. Podemos tomar de mais essa função. Seu filho é realmente um problema? Ligue 190 (Polícia Militar), ou a defesa civil, ou a assistência social, ou o Conselho do Menor. Vamos registrar uma queixa, dar um número de protocolo, marcar uma audiência pra marcar uma audiência..."
Bom, depois disso, o que eu, André, proponho? Poderíamos fazer um manifesto, contemplando a inconstitucionalidade da lei, coletar assinaturas de líderes da igreja, pensadores e educadores, ou qualquer um que perceba a asneira toda, e enviar para o e-mail de cada deputado e senador; publicar uma carta aberta e disponibilizá-la em cada site, jornal e veículo midiático que estiver disponível.
É minha sugestão. Abraço,

André.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

A "Lei da Palmada" pode ir para o Senado

Lei Aprovada
Vejam só esta: a deputada Maria do Rosário (PT-RS) apresentou e conseguiu a aprovação na comissão de constituição e justiça (ccj) do projeto de lei 2654/03, que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca) e o novo Código Civil estabelecendo o direito da criança e do adolescente a não receber nenhum tipo de punição corporal, moderada ou imoderada. Com isso a palmada ficará proibida. Qualquer um poderá fazer a denúncia, com a punição consistindo de cursos de orientação familiar dados pelo Estado e até tratamentos psicológico e psiquiátrico.
A lei foi aprovada em caráter conclusivo, ou seja, não precisou passar pela câmara, bastando a aprovação das comissões indicadas (Seguridade Social e Família, e Educação e Cultura).
Inacreditavelmente, o projeto foi pouquíssimo discutido nos meios cristãos, e a maioria dos pais só ficou sabendo do fato nos últimos dias, por jornais ou televisão. Mas houve alguns debates. Muita gente acredita (como eu) que o fato representa "um abuso estatal contra a ordem familiar" (cf. Julio Severo), uma ingerência.
Concentração de Poder Pelo Estado

De fato temos aqui um problema não somente social e ético, mas político. Nesse tipo de ação o que está em jogo é mais do que o direito da criança, mas uma questão de princípio: a distribuição do poder de usar a violência. O Estado moderno (e, especialmente, petista) pretende ter a soberania indivisível, e concentrar o "poder da espada" para fazer valer sua vontade, e isso implica, por princípio, a relativização de todas as formas de autoridade. O discurso da deputada reflete uma hipocrisia estrutural: o Estado mantém seu poder para agir violentamente contra os pais que desobedecem ao Estado, mas nega tal poder aos pais. Temos então na verdade uma extensão do poder de polícia para o interior da vida familiar. Não é que a questão da palmada não possa ser discutida; é que o Estado não pode impor uma solução de engenharia social goela abaixo da população.
A situação mostra ainda a falência moral do pensamento de esquerda, e a incoerência de um alinhamento dos cristãos com essa orientação política. Há uma forte tendência no pensamento de esquerda pela reegenharia social a partir de uma ideologia libertária que não faz justiça à realidade da experiência comunitária do homem, nem às diversas "normatividades" que o homem experimenta. Contraditoriamente, usa-se então a concentração de poder no Estado para garantir a "liberdade" numa definição extremamente individualista. Isso é uma forma invertida de fascismo.
Os Cristãos são Irrelevantes Porque não Influenciam a Academia

Finalmente, todo o processo mostra a falência cultural do cristianismo evangélico. O projeto, apresentado pela deputada, foi desenvolvido pelo LACRI - Laboratório de Estudos da Criança, ligado à Universidade de São Paulo, por um grupo de assistentes sociais, psicólogas e advogados altamente treinados, e passou por um processo longo de coleta de assinaturas (Palmadajaera), até estar em condições de ser apresentado. Aqueles que tem concepções não humanistas de família e moralidade não podem se organizar de forma significativa porque lhes falta visão e competência acadêmica. Nitidamente, o processo começa com uma cosmovisão, que passa pela academia e se torna uma teoria científica, e vira finalmente política pública. Enquanto os cristãos ficarem combatendo "nos lugares celestiais", no pior sentido do termo, e não se envolverem com a academia, o humanismo secular continuará vencendo todas as escaramuças.
O que Fazer Agora?

O que vamos fazer agora? Praticar a desobediência civil? Nos adaptar? Tentar mudar alguma coisa? Leis aprovadas em caráter conclusivo só podem perder este caráter e voltar ao plenário para votação se uma das comissões rejeitar o projeto (o que não vai acontecer) ou se 51 deputados (10%) apresentarem recurso contra o processo.
Seja como for, está claro que o mal só pode ser cortado pela raiz. E a raiz está na universidade. Se os cristãos não penetrarem na academia trazendo uma alternativa não humanista, será difícil qualquer mudança significativa.
SAIBA MAIS:

Lacri
Palmada Já Era
Congresso em Foco
Julio Severo
Jesus Site